Foto: Yuri Cortez/AFP.

A embaixada do governo de Nicolás Maduro passou a funcionar em Brasília como única representação diplomática da Venezuela depois de o movimento de oposição venezuelana, liderado por Juan Guaidó, fechar sua representação no País a partir da chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. Lula teve um relacionamento próximo com Hugo Chávez, morto em 2013. Ao mesmo tempo, começaram os trâmites para que as representações diplomáticas brasileiras sejam reabertas na Venezuela.

A volta das relações entre os dois países já havia sido anunciada pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e encerra anos do afastamento entre Jair Bolsonaro e Maduro.

Paralelamente, a oposição venezuelana adota novas táticas para tentar ganhar força no país e, no fim do ano passado, decidiu encerrar o governo interino de Guaidó, criado em 2019, sob a alegação de que ele “deixou de ser útil” na busca por uma mudança política.

O fim do reconhecimento de Guaidó fez com que representações diplomáticas do governo interino em outros países, como Brasil e Estados Unidos, fossem fechadas. Os representantes da oposição que estavam alocados em outros países avaliam agora se vão permanecer nesses locais ou regressar à Venezuela.

O analista político e professor da Universidade Simón Bolívar Erik Del Bufalo acredita que os representantes diplomáticos podem ser perseguidos pelo chavismo e devem acabar exilados. “O chavismo sempre usou presos políticos para negociar, mas imagino que a grande maioria continuará fora do país e quem está na Venezuela vai se exilar.”

Créditos: Correio Braziliense.

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